Sátira, comentário e banalização dos fatos cotidianos: o poder da CHARGE


Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em críticas políticas no Brasil. As charges foram criadas no princípio do século XIX (dezenove), por pessoas opostas a governos ou críticos políticos que queriam se expressar de forma jamais apresentada, inusitada. Foram reprimidos por governos (principalmente impérios), porém ganharam grande popularidade com a população, fato que acarretou sua existência até os tempos de hoje-em-dia.

Bom, quem apresentar um interesse maior sobre o tema, indico o artigo HUMOR DA CHARGE POLÍTICA NO JORNAL. Segue o link: http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comeduc/article/viewFile/4316/4046


Abraço! Pablo Dantas


3 Response to "Sátira, comentário e banalização dos fatos cotidianos: o poder da CHARGE"

  1. Professora Maria Alice says:
    17 de abril de 2010 às 09:09

    Interpretando esta charge constatamos a urgência do discurso argumentativo e lógico em contraponto ao discurso presente na maior parte das narrativas eleitorais, o qual podemos caracterizar como narrativa mítica. Enquanto a narrativa mítica nos conforta pela fé que depositamos no narrador, o pensamento argumentativo exige o logos (razão – discurso), ou seja, o discurso racional lógico. A explicação solicitada pelo personagem nos inspira à reflexão acerca da linguagem política, que muitas vezes se pretende dissertativa, mas está carregada de argumentos falaciosos que nos dão impressão de validade, nos seduz e nos tranqüiliza. A fé, mesmo sendo imprescindível às nossas decisões, uma vez que não temos acesso ao futuro, deve ceder às explicações argumentativas neste momento tão importante para a democracia. A comodidade deve ceder à inquietação. Ou não? Convido todos e todas a filosofar!
    PS: a linguagem é o meio pelo qual a filosofia se expressa, contudo, nem todos os argumentos são filosofia, o que seriam se atendessem suas demais características (radical; de conjunto; rigorosa).

    Abraço!
    Maria Alice

  2. FYA BLOG PE says:
    19 de abril de 2010 às 10:25

    Excelente comentário!
    A leitura imagética desta charge torna-se interessante quando baseada em bons argumentos. A personagem segue contra o vento quando desestabiliza o discuso político, diga-se retrógrado e milenar! Sem exageros. Escrito em 64 a.C., em Roma, por Quinto Túlio Cícero, o Manual do Candidato às Eleições ensinava como se comportar para ganhar votos. Coincidência ou não, esse período caracterizou o enfraquecimento das instituições republicanas, ditas democráticas. Vejamos um trecho deste manual:

    “Você deve constituir amizades de todos os tipos: nomes ilustres, os quais conferem prestígio ao candidato; magistrados, para garantir a proteção da lei. (...) Isso requer conhecer as pessoas de nome, usar de certa bajulação.” Até parece, mas não é uma cartilha encontrada nas coisas de um dos mais de 19 mil candidatos às eleições deste ano.

    O autor preparou o manual (Commentariolus Petitionis, no original em latim) para seu irmão, Marco Túlio Cícero, ilustre orador e político que naquele ano se candidatava ao posto máximo da República romana: o de cônsul. O manual, embora curto, tinha conselhos valiosos para Cícero conseguir ser eleito. Fortalecer amizades já existentes e conquistar novas, cobrar favores prestados a quem pudesse ajudar na campanha, decorar o maior número de nomes possível, sorrir para todos, ser generoso, fazer promessas mesmo sabendo que não cumpriria todas, pedir votos na rua, estar sempre cercado de multidões, falar a língua do povo e tornar públicos os podres dos adversários.
    E naquela época da República, como era preciso conquistar todos os setores representados no Senado, as dicas eleitoreiras do manual deveriam ser de grande utilidade. E foram: Marco Túlio Cícero acabou eleito.

    Valeu Alice, vamos manter esse espaço ativo. É um veículo importante para debates e publicação destes.

    Abraço!
    Pablo Dantas

  3. Unknown says:
    19 de abril de 2010 às 20:59
    Este comentário foi removido pelo autor.

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