União civil de homossexuais: por que não?

Segue abaixo um trecho do artigo escrito por Antonio Inacio Andrioli (doutorando em Ciências Sociais na Universidade de Osnabruck - Alemanha).


O reconhecimento legal da união civil de pessoas do mesmo sexo na Alemanha provocou polêmicas discussões que trouxeram a público a dimensão da discriminação contra os homossexuais. Desde 1992 os homossexuais alemães intensificaram a campanha de exigência de seus direitos na sociedade alemã. Em 2000, finalmente, foi aprovada, no Parlamento, a lei de parceria civil que, desde agosto de 2001, já possibilitou a união de 4.500 assim chamados casais homossexuais.

Os preconceitos estão baseados em declarações religiosas e não comprovadas de uma suposta necessidade da família heterossexual como base e modelo da sociedade. A fixação numa única possibilidade de relação sexual leva não apenas à recomendação compulsiva desta como “normal”, mas também à proibição de qualquer outra perspectiva possível. A intolerância frente aos relacionamentos homossexuais leva à intromissão na vida íntima de outras pessoas com o objetivo de julgar o que é “correto” e o que é “incorreto”. Em que direito poderia estar baseado esse comportamento autoritário e discriminador?

Se os direitos das minorias e a convivência com as diferenças são pressupostos para a democracia, os preconceitos e a discriminação contra homossexuais significam uma forma de violência e um retrocesso em nossa cultura, que precisam ser combatidos por todos os que se engajam na construção de uma sociedade justa e humana. O reconhecimento da união civil de homossexuais na Alemanha representa um progresso no sentido da diminuição da intolerância na história humana e serve de exemplo de um movimento bem-sucedido de resistência à opressão que, pela sua existência e reconhecimento, vem gerando rupturas históricas e culturais.


Para ler o texto na íntegra, acesse o site http://www.espacoacademico.com.br/016/16andrioli.htm

Abraço,
Prof. Pablo Dantas.

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